terça-feira, 14 de junho de 2011
Pergunta-se
Saberá lá o profeta
Por ande andam as águas murchas
Por onde passam os carros voadores
Por onde brilham as estrelas mortas
Saberá lá o astrólogo
Das viagens de um sol noturno
dos eclipses lunares em períodos diurnos
das lanternas que cegam o escuro
Saberá lá os deuses
das descrenças de uma fé
das exigências de um não-afazer
das mentes a persuadir
Saberá lá o que um curinga
pensa de um três e meio
de uma carta em um baralho inteiro
de um nipe não-cortado ao meio
Saberá, ó, xangô, saberá
saberá do infinito ineterno
Do finito eterno
da calça e do terno
Saberá lá... Ó, saberá lá
(Gustavo Machado)
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