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segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Vida-carreira


Não faço elogio à loucura
Nem exalto o que não tem cura.


Não tampo tampouco o lacre
Nem tão longe viajo ao Acre.


Não fujo, não grito, não corro
não ando, não nado nem peço socorro.


Tão menos deixo de ser louco
Tão menos viajo pouco
Tão menos deixo de gritar,
correr, andar, nadar.


Tão menos deixo de exaltar
o rabisco, o chuvisco, a beleza
a contemplar.


Tampouco deixo de viver e elogiar
Tampouco deixo de sonhar.


Sonhei, vivi, morri, acordei
desesperado, mas encarnado
não encanado, mas aliviado.


Sonhei, exaltei
e tão pouco agora eu sei.


Sei que não fiz nada por mais
nem nada por menos
Sei que não sei o que fiz
e me sinto satisfeito.


Passado, presente, futuro
o tempo subjetivo a mim
me passa como lembrança
até do que vou fazer.


E horas, dinheiro, cobrança
são poréns em vida.


E de forma alguma
a vida é sofrida,
a rima é perdida,
há descaso na dívida.


Na dúvida, um psicólogo
mas meu negócio é sociólogo
então, façamos História!


Gustavo Machado

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