Flecha que serpenteia o vento
Imita a rocha sobreposta às areias
És menor que as palmeiras
Mas contorna o luar.
És também, equânime, flecha viva
Serpenteias por dentre as nuvens
E trazes dela a estival chuva
Quando serpenteares por aqui
O peito dos amantes recobrirás
Com a relva, a chuva, a lua e as nuvens
Porque, ao alvo vivo que atinges, flecha certeira
Não há escudo, ou tampouco anteparo
Há o peito semi-aberto
E a alma de olhos fechados.
(João Paulo Martins Ferreira)
Nenhum comentário:
Postar um comentário