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quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Cobrir


Inexistir
Irromper prá – lá da barreira subjetiva do existir
Navegar errantemente por desertos e mares desconhecidos.
Emanar da luz um semblante de pureza sólida e, ao mesmo tempo, intocável
Tocar com a língua o céu
[da boca]

- Quando soares as grandiosas trombetas,
Estarás pronto para o abandono - Disse o longínquo sábio.
Caminharás descalço sobre areias e arestas
Esculpirás delírios com tuas próprias mãos
Transfigurando-se para além dos segredos da matéria.

Refazer e pagar
Ressurgir , desmaterializar.
Samsara dita o ciclo
E nós, reles e sedentos de saber,
Cultivamos as flores, a ponte, e os fantasmas.
para que estes sempre sejam grandiosos
e intocáveis por nós
mesmos.

(É tempo de libertação, quando outros estão descobrindo
os sabores da liberdade)

(João Paulo Martins Ferreira)


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