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quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Dois a Dois

A  mão errante
Entre os corpos não-distantes
E seus vapores entrelaçados

Fazendo cama para repousares
Ao ermo de alguns lugares
Inabitados por nenhum de nós

Desdobrando o meu afago
Em carinhos lascivos e pagos
Pela língua visceral e náufraga
Que arrebatou no porto de tua boca.

 - Ah, transa viva.
Fizeste semente
Somente da escarra terra que provieste.
                          (...)
Os corpos continuam naus
nus e somente
batizados pelo vapor condescendente
que fez podar os brotos da moral e do que foi prudente
germinando flores sedosas
perfumes cativos
 e pernas entrecortadas..

[ A bruta flor do querer houve de germinar...]

(João Paulo Martins Ferreira)


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