As flautas flamejavam o seu hino
suave e sereno,
ao tempo e destino
Seguindo a guitarra
estridente e falante
que vibrava ao som das cordas
que batiam em seu corpo macilento
deixando escorrer os dedilhados
e solados sobre seu braço.
O blues é profundo
progressivo e delicado
e cantando ao som dos passarinhos
calmo, profundo
elaborando a flora
do nosso viver.
E voam as borboletas
azuis, blues!
Batem suas asas
em tempo seguido
e coloca beleza nos olhos
de quem vê
[e nos ouvidos de quem escuta,
mas tristeza pra quem vive
e pra quem toca.
O Dó, o Ré,
a flauta segue a guitarra
que segue os passarinhos
que seguem as borboletas
na harmonia do destino
do hino
do sino
[da capela.
Encerra em tom suave
em pã-rã-nã- pã-rã-nã...!
com sino abreviando seu toque
junto ao hino, finalizado
e à flauta ressoprada em constante nota
natural
natureza
A beleza cessa
o pássaro canta (e voa)
a borboleta bate as asas (e também voa)
e não para, sequer, por nenhum instante
a vontade de refazer o som ultradimensional
a vontade de retornar à melodia transcendental
a vontade de reouvir um
Jethro Tull!!
Gustavo Machado.
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