Páginas

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Banco Da Praça


(Lucca Moretti)

Aquele velho e nobre samaritano
descascado, enferrujado e descuidado
o recanto, o templo de meu descanso
feito para relaxar o meu corpo e estimular minha cabeça

São tantos fatos a decorrer
discussões a entreter
cigarros a acender
renovando-o assim dia após dia

Este é o bom amigo da solidão
quando cai-se a noite,
a amargura do bêbado com a garrafa em mãos
é esquecida pelo aconchego do banco da praça

Aquele é o velho e nobre samaritano
que acolhe a mim e ao bêbado
sem desprezar diferenças
apenas acolhendo, na pequena praça da cidade

E as lembranças em minha memória, hei de guardar
mesmo se um dia venham ele retirar
pois a lei da vida é sempre a mesma:
a quem oferece descanso, um dia sempre virá a descansar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário