(João Paulo M. Ferreira)
Morra em mim
Rasgue-se com a lâmina púrpura
E penetre seus pedacinhos semi-dissolvidos em meu sangue
Ou guarde, quem sabe, alguns vestígios
Para embeber-me; vinho amargo, ou café tinto.
Morra em mim
Rasgue-se com a lâmina púrpura
E penetre seus pedacinhos semi-dissolvidos em meu sangue
Ou guarde, quem sabe, alguns vestígios
Para embeber-me; vinho amargo, ou café tinto.
Morra em paz
Estraçalhe-se frente à um espelho cor-de-anil.
Veja os traços, as marcas do decepar
Decepe lentamente. Faça símbolos, sóis, estrelas,noites,gritos.
Mas faça em si própria. Pense.
Estraçalhe-se frente à um espelho cor-de-anil.
Veja os traços, as marcas do decepar
Decepe lentamente. Faça símbolos, sóis, estrelas,noites,gritos.
Mas faça em si própria. Pense.
Agora ria.
Escárnio embebido pela madrugada.
Juntes os pedaços, os retalhos, os ossos, os sangues.
Una. Sinta o furor dos gostos misturados.
Escárnio embebido pela madrugada.
Juntes os pedaços, os retalhos, os ossos, os sangues.
Una. Sinta o furor dos gostos misturados.
Tente ressurgir.
Faça cinzas, brilhantes, ou jornais que possam não-lhe-devassar.
Devasse-se.
Faça cinzas, brilhantes, ou jornais que possam não-lhe-devassar.
Devasse-se.
Peça perdão. Enfraqueça a si própria.
Contorne o auto-ego.
Então, suprima tudo.
O estilete, o espelho, os cacos, os pedaços, as vertigens e
os
sóis.
que, por inquietude, ascendem as chamas auto-nós-destrutivas.
Contorne o auto-ego.
Então, suprima tudo.
O estilete, o espelho, os cacos, os pedaços, as vertigens e
os
sóis.
que, por inquietude, ascendem as chamas auto-nós-destrutivas.
Nenhum comentário:
Não é permitido fazer novos comentários.